sábado, 31 de março de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
Dissolução de conflitos
Afirmação:
Agora sei que minha vida é tranquila e harmoniosa.
Resolvo os conflitos com compaixão.
Centralizo-me.
Busco a clareza.
Afirmo a unidade e trabalho com os modelos mais amplos.
Ajo de forma não violenta, tratando a todos com amor e respeito.
Respeito a mim mesmo(a) e ao processo.
Harmonizo-me com a natureza e com todos os demais em meu mundo.
Agora recebo uma paz maior em minha vida.
E assim seja.
DREHER, Diane. O tao da paz: guia para a paz interior e exterior.
Tradução de Sonia Coutinho. 1.ed. Rio de Janeiro: Campus,1991.
colaboração Marcia Eliane
sexta-feira, 16 de março de 2012
quarta-feira, 14 de março de 2012
“Um sonho que se realiza”
Por Cynthia Marsola
No fim de 2009 eu estava concluindo um curso de formação
quando de repente em minhas buscas pela abordagem transpessoal deparei-me com a
Universidade da Paz (Unipaz). Para não “perder tempo” já entrei em contato com
a universidade para saber como funcionava o curso de Pós-Graduação. Confesso
que a ansiedade para fazer este curso, tomou conta do meu Ser.
Mas como a vida nos coloca surpresas algo pelo caminho me
fez refletir ou será que parte de mim ficou em dúvida? Dúvida, como pode se era
tudo que eu mais desejava?
Pois bem, existem forças que são maiores do que nós e como
na íntegra não sabia as razões futuras, iniciei meu curso em 2010 -
Aperfeiçoamento em Família.
Estava quase desistindo para ir ao meu primeiro ojetivo a
Unipaz, quando em minhas meditações
surge: “Você não se matriculou neste curso para aprender
sobre a teoria famíliar, mas sim com as pessoas que aqui estão”. Depois desta
experiência TRANSDICIPLINAR resolvi prosseguir até o término deste curso (um pouco arrependida por
ter “trocado” a proposta inicial, mas vamos ver o que vai dar).
Quando finalizei está etapa “família/curso” fui indicada
para uma editora que eu poderia estar auxiliando-a em uma matéria, pasmem sabem
qual era o assunto, FAMÍLIA. Viu só pessoal como a vida nos mostra cada uma e
como existem forças que são maiores do que nós e tudo tem um propósito.
Depois de alguns meses outra surpresa, um jornalista diz que
eu havia sido indicada por uma colega de faculdade para participar de uma
matéria, de novo qual o tema – FAMÍLIA. Confesso quando desliguei o telefone
olhei para o alto e disse DEUS você é fogo, tudo tem um fundamento.
Ah...só para finalizar o assunto - recentemente fui em a uma
web TV para falar sobre o quê? FAMÍLIA. Alguém tem alguma dúvida de que eu não
“desviei” do que já estava em meu porpósito, o curso de família?
Com o este curso finalizado ainda aguardando pelo diploma,
Ufa!!! Inscrevi-me finalmente na Pós-Graduação da tão esperada UNIPAZ. Que
alegria por ter chegado aqui, agora sim estou presente com consciência de que
cada coisa tem seu tempo e não adianta antecipar, tudo tem um fundamento.
Um abraço a todos
Shalom.
terça-feira, 13 de março de 2012
A TRAJETÓRIA DO AUTOCONHECIMENTO: PERCORRENDO OS CAMINHOS DA TRANSDISCIPLINARIDADE NO DESVENDAMENTO DE SI, DO OUTRO E DA NATUREZA, RUMO À PLENITUDE.
a) A ARTE DE VIVER EM PLENITUDE (Seminário 7)
– Dalila Lubiana – setembro/11
b) TRANSDISCIPLINARIDADE
(Seminário 8) – Maria F. d Mello –
outubro/11
A
TRAJETÓRIA DO AUTOCONHECIMENTO: PERCORRENDO OS CAMINHOS DA TRANSDISCIPLINARIDADE
NO DESVENDAMENTO DE SI, DO OUTRO E DA NATUREZA, RUMO À PLENITUDE.
I.
Introdução
Segundo a filósofa e pensadora
contemporânea Marilena Chauí em explanação realizada no programa “Café
Filosófico” da TV Cultura no dia 04 do corrente mês, o grande desafio do
professor atual diante do aluno é despertar o seu desejo em aprender,
considerando de um lado, os múltiplos apelos e estímulos da internet, do
ciberespaço, da cibernética, do mundo digital WEB e, de outro, o microcosmo
físico da sala de aula e as tradicionais e mais usuais ferramentas de
ensino-aprendizagem, convencionalmente representadas pelo “cuspe e giz” do
intrépido professor.
Conforme a pensadora, são inúmeros os
benefícios oferecidos pela internet como um recurso tecnológico altamente
eficiente no fornecimento abundante e atualizado de notícias e informações que
permeiam o universo científico, cultural e artístico, por meio de um simples
click instantâneo; trata-se do acesso universal ao saber, sem limitações de
fronteiras espaço-temporais, acessível a todos os internautas incluídos na
realidade digital.
Porém, qual a questão crucial a ser colocada
diante desse cenário? Informações, notícias, saberes abundantes, atualizados e
irrestritos são sinônimos de conhecimento, ou ainda, daquilo que Chauí nomeia
de trabalho do pensamento?
O trabalho do pensamento, segundo a
pensadora, requer para ser construído lentidão, paciência, muito suor e sangue
movido pelo intenso e permanente desejo de desvelar a realidade.
Traduzindo em miúdos, o desafio ímpar do
professor consiste em sua maestria e habilidade na regência de seu ofício ou
“estado da arte” de colocar diante do aprendiz o binômio articulador e
responsável pelo ato genuíno de aprender a pensar e gerar conhecimento: a
constatação de dois pólos presentes e atuantes nesse processo contínuo e
permanente:
- Em um dos pólos o desejo do aprendiz em
descobrir algo novo e desconhecido, o estado de mostra-ser constantemente
curioso, frequentemente provocado em sua inteligência e, noutro, o risco em
reconhecer e em aprender a lidar com o fato de saber-se e sentir-se eternamente
ignorante diante da complexidade e dos mistérios do universo.
Portanto, ao professor/educador do século
XXI caberá identificar e aproveitar as brechas propiciadas pela tecnologia da
informação para encantar, envolver e seduzir o aprendiz ao convite do trabalho
de pensar. Tornar a ferramenta digital num aliado e não num vilão, num
artifício construtivo, provocativo e significativo para o aluno na aquisição de
conhecimentos e experiências relevantes no ato de aprender e, sobretudo, também
ensinar àquele que ensina.
Um breve intervalo, antes de continuarmos,
para fazer a perguntar que não quer calar: por que tive um impulso quase que
automático em abrir este relatório com essa questão?
Seguramente, em primeiro lugar, porque a
angustia desse professor que ainda não sabe como seduzir seu aluno de outra
forma, se não aquela expressa pela frase clássica da cartilha “Caminho Suave”:
“ A pata nada na lagoa”, é a mesma da minha em sempre tentar redigir este
relatório pelo desafio da abordagem TransD, que não aquela meramente
reprodutiva de conteúdos a serem transcritos.
Sendo assim, caberá a mim, a partir da
escolha dessa introdução, percorrer os mesmos árduos caminhos a serem
desvendados pelo heróico professor.....
II.
Plenitude e transdisciplinaridade, relação
complementar, dialética e dialógica do caminhar peregrino.
Considerando os dois seminários assistidos sobre “A
Arte de Viver em Plenitude” e a “Transdisciplinaridade”, o sub-título acima,
intenciona realizar uma ponte entre os dois temas, adotando como argumentação
inicial a introdução apresentada, em que a figura e o papel do
professor/educador representa, a nosso ver, a síntese da discussão a ser
desenvolvida.
Inicialmente, destacamos os conceitos abaixo:
Ø
“Plenitude é um estado de alma em que o ser humano se
sente completamente realizado, em que ele se sente completo, em que ele se
sente pleno. É um estado de plena realização de todo o nosso potencial.” Pierre Weil
Ø
“A Transdisciplinaridade, como o prefixo “trans”
indica, diz respeito àquilo que está ao mesmo tempo entre as disciplinas,
através das diferentes e além, de qualquer disciplina. Seu objetivo é a
compreensão do mundo presente, para o qual um dos imperativos é a unidade do
conhecimento.” Basarab Nicolescu
Na perspectiva de nossa formação holística na UNIPAZ
somos convidados a explorar os níveis da ecologia pessoal (interior ou
intrapessoal), da ecologia social (interpessoal, intergrupal, internacional) e
da ambiental (fantasia da separatividade e da impermanência da natureza).
Na ecologia pessoal abordamos “A arte de viver
consciente” e a “Arte de viver em Plenitude”; na social “A arte de viver em
harmonia” e “A arte de viver em conflito” e, na ambiental “A arte de viver a
natureza” e a “A arte de viver a passagem”.
Segundo a “Mensagem de Vila Velha/Vitória no II
Congresso Mundial de Transdisciplinaridade /2005, nas considerações
apresentadas relativas às questões sociais, éticas, psicológicas, espirituais,
políticas, econômicas e ambientais na contemporaneidade, nos deparamos diante
de uma complexidade e seriedade sem precedentes.
Diante da atual situação conjuntural, as posições
assumidas nessa Mensagem foram estruturadas em torno de três eixos:
Ø
Atitude Transdisciplinar: busca a compreensão da complexidade do nosso
universo, das relações entre os sujeitos, dos sujeitos consigo mesmos e com os
objetos que os circundam, visando resgatar o sentido da relação enigmática do
ser humano com a Realidade – aquilo
que pode ser concebido pela compreensão humana – e o Real - como referência absoluta da verdade e sempre velada.
Trata-se de uma atitude que a partir da articulação de todos os saberes
contidos nas ciências, nas artes, na filosofia, nas tradições sapienciais e na
experiência busca uma compreensão e percepção ampliada da realidade e da
relação da realidade com o real;
Ø
Pesquisa Transdisciplinar: pressupõe a pluralidade dos saberes e uma
integração de processos complementares, dialéticos e dialógicos emergentes da
pesquisa e que possibilitam a apreensão do conhecimento através de um sistema
aberto;
Ø
Ação Transdisciplinar: propõe a articulação do ser humano na sua relação
com o mundo (ecoformação), com os outros (hetero ou co-formação), consigo mesmo
(autoformação), com o ser (ontoformação) e com o conhecimento formal e não
formal. Intenciona a mediação de conflitos, a prática pacífica e colaborativa
entre as pessoas e as diferentes culturas, porém, nunca desconsiderando as
contradições e valorização da expressão de suas particularidades.
Perseguindo o fio condutor delineado na
introdução deste relatório, afirmamos que o trabalho de pensar e gerar
conhecimento são fruto da conexão, da interação e associação de diferentes e
relevantes informações capazes de desvendar e dar luz à compreensão de uma
realidade.
A flagrante constatação realizada a
partir da sobreposição da proposta de nossa formação holística na UNIPAZ e dos
eixos em que a referida Mensagem foi estruturada, na qual inclusive,
recomenda-se a criação de programas universitários de graduação,
especialização, mestrado e doutoramento para o estudo da transdisciplinaridade,
nos proporciona o prazer descrito pela possibilidade da descoberta, ao corroborarmos,
através das conexões feitas, a existência do alinhamento, coerência, convergência
e obediência aos princípios da TrasnD no processo de nossa formação: como seres
individuais, sociais e cósmicos unidos ao universo.
Aprofundando, ainda um pouco mais essas
inter-relações, resgatamos a figura e o papel do professor/educador, segundo a
definição de Barbier, que diz:
“Ele é esse ser consciente e lúcido que
se apóia sobre o conhecimento de si, experiencialmente assumido, para acolher o
saber dos outros, o benefício da dúvida, e o fazer frutífero.”; ou ainda:
“O educador torna-se um barqueiro (o
que define o senso de direção), um articulador de finalidades (em ciência, arte
e espiritualidade)... que disjunta o que está confuso e religa aquilo que está
separado. Ele possui eminentemente o sentido da unidiversidade e da
complexidade humana...”
Diante desses conceitos apresentados por
Barbier sobre o educador, ele o considera, a partir da sua constituição básica
alicerçada sobre o conhecimento experiencial de si mesmo, sempre
“potencialmente um homem de desafio antes de ser um ser de mediação.”
Conforme Barbier, ao visualizarmos a
figura do educador através da metáfora do “barqueiro de sentido/direção,
significado e sensação” e de defini-lo como “homem de desafio”, entendemos que
a essência desse desafio consiste na habilidade do educador criar a passagem,
de forma criativa e compreensível, do universo da racionalidade científica para
o da não-racionalidade, que não se trata de uma irracionalidade, mas à abertura
do conhecimento de si mesmo, “atualizado
pela experiência espiritual ou pela experiência artística e poética. Em outros
termos, precisamos de barqueiros de sentido entre Einstein e São João da Cruz.”
Retomando, em contrapartida, os conceitos
do seminário “A arte de viver em plenitude, sobre os seguintes pontos de vista:
Ø
Do destino:
a partir da missão de cada um de nós e de nossa vocação pessoal e profissional;
Ø
Da existência: através dos diferentes períodos da infância, juventude, maturidade e
terceira idade; e do ciclo dos 10 setênios – 07,14,21,28,35,42,49,56,63 e 70;
Ø
Da realização do potencial energético: por meio dos sete
níveis energéticos ou chacras: segurança, prazer, poder, amor, inspiração,
conhecimento e transpessoalidade;
Ø
Da referência do masculino e feminino em nós mesmos.
Interligando essas perspectivas do viver em plenitude
com os princípios da Transdisciplinaridade enquanto Atitude, Ação e Processo de
Desvelamento da
Realidade ou Pesquisa Transdisiciplinar, partimos para as considerações finais guiados ao sabor do TUDO JUNTO E MISTURADO, trilhando da forma mais fiel possível os rigores de nossa formação TransD.
Realidade ou Pesquisa Transdisiciplinar, partimos para as considerações finais guiados ao sabor do TUDO JUNTO E MISTURADO, trilhando da forma mais fiel possível os rigores de nossa formação TransD.
III.
Considerações Finais
Iniciaremos este bloco a partir do título do item
acima, nomeado: Plenitude e
transdisciplinaridade: relação complementar, dialética e dialógica do caminhar
peregrino.
Ao considerarmos a plenitude como a plena realização
de nosso potencial e ao identificarmos na postura TransD diante da vida, a
busca permanente de todos os saberes, experiências e sensações que nos levam à
amplificação da realidade e a uma maior compreensão do real – com todas as suas
contradições, complementaridades e diálogos possíveis - podemos construir , por
meio desses dois conceitos, a seguinte metáfora:
Colocar-se diante das afirmativas acima, nos remete à
imagem do peregrino em contraposição à figura do turista; pois o peregrino é
aquele que busca incessantemente a revelação de si e de tudo que o circunda
durante a trajetória dos percursos, agregando ao longo da viagem os saberes,
significados e sensações resultantes da somatória evolutiva e interconectada de
todos os acontecimentos que o impactam.
O turista, diferentemente, registra de forma
literalmente fotográfica e fisicamente fragmentada e impessoal os diferentes
trechos do percurso, compondo de maneira aleatória um patchwork de acontecimentos a ser, posteriormente, arquivado na
memória digital de uma mídia tecnológica qualquer.
O peregrino grava a memória do seu diário de bordo na
alma e no coração processando incontáveis metanóias na sua historicidade; o
turista grava as imagens de sua câmera digital num arquivo de seu computador,
colecionando um conjunto de pastas virtuais isoladas e distintas para
localizá-las num click instantâneo quando delas quiser lembrar.
Na metáfora do peregrino, meu olhar espelha a
metáfora do barqueiro. Peregrino e barqueiro, artífices e atores atuantes de um
mesmo palco e espetáculo: O desvelar da Vida.
Ser peregrino ou barqueiro representa ser o Homem no
sentido do gênero Humano, atuando em tempo integral e contínuo como a figura do
educador de si mesmo e da humanidade. Um ser potencialmente vocacionado a
enfrentar desafios, antes mesmo de mediar conflitos.
Assim como um aprendiz de mágico – Homem
peregrino e barqueiro- me percebo a cada passo em que avanço nos
truques e macetes da mágica a ser aprendida – Homem educador - que ao
fazer surgir a pomba branca que voa aos olhos da plateia a partir do nada ou do
vazio – a Realidade – posso me encantar e ser seduzida pela ilusão ou
milagre do aparentemente impossível, mas que também pode acontecer – os
mistérios do universo.
Isso tudo me inspirou a concluir com a música:
Bijuterias – João Bosco
Se Vênus
Virá alguém
Eu sou de Virgem
E só de imaginar
Me dá vertigem
Minha pedra é ametista
Minha cor, o amarelo
Mas sou sincero
Necessito ir
Urgente ao dentista
Tenho alma de artista
E tremores nas mãos
Ao meu bem mostrarei
No coração
Um sopro e uma ilusão
Eu sei
Na idade em que estou
Aparecem os tiques
As manias
Transparentes
Transparentes
Feito bijuterias
Pelas vitrines
Da Sloper da alma
Curiosidade de aprendiz: O significa a expressão
“Da Sloper da alma”
Carlos Leonam e Ana Maria Badaró
Sociedade
22.05.2009 15:51
Da ‘sloper’ da alma
No Centro da Cidade. Pegue a Rua Gonçalves Dias, dobre a
Ouvidor à esquerda, saia na Uruguaiana e se depare com a loja que abrigou a Casa
Sloper, hoje ocupada por uma rede de roupas populares, um tanto sufocante e
poluída, com aquele mau gosto dos que copiam toscamente tudo o que está na
moda. Onde foi parar o brilho das bijuterias e do imenso lustre de cristal que
pendia do teto de um pé direito altíssimo, circundado por um jirau?
Os berloques dourados da Sloper eram tão objetos de desejo de
senhoras e senhoritas elegantes que inspiraram os versos finais de Bijuterias,
música de João Bosco: ”Transparentes, feito bijuteria da Sloper da Alma”. A
canção fez sucesso como tema da novela “O Astro” (1977/78), de Janete Clair, em que Francisco Cuoco
era um vidente de araque.
Numa interpretação livre, a expressão bosquiana “sloper da alma”
sugere um estado de espírito elevado, o mesmo que tomava conta dos cariocas,
que iam às compras ou levavam os filhos para passear no Centro, no tempo em que
a arquitetura urbana, ainda ordenada, lembrava Paris.
Tanto que, mais adiante, ainda na Ouvidor, esquina do Largo de São Francisco, as madames da
alta sociedade tinham também a Notre Dame de Paris, palco de um delicioso conto
de Joaquim Manuel de Macedo, em que um casal de noivos se perdia (perder,
perder mesmo) naquela “loja de modas” (sic), considerada imensa, um
magazin como a Printemps parisiense. Imagine se o escritor fluminense
tivesse conhecido uma loja como a antiga Mestre & Blatgé, a Mesbla, na Rua
do Passeio, em plena
Cinelândia.
A Sloper era a uma loja de departamento compacta também nos moldes
europeus. E à altura do ambiente fino e perfumado se comportavam as balconistas
da loja, mesmo que de origem humilde, em seus uniformes e penteados impecáveis.
Muitas meninas que iam à loja acompanhadas de suas mães tinham como projeto
trabalhar na Sloper quando crescessem. Na seção de maquiagem, as clientes sentavam-se
em frente ao balcão e a atendente criava, com acuidade, uma cor personalizada
de pó- de-arroz para cada cútis. Vangarde em customização?
Um presente da Sloper era garantia de bom gosto para uma classe
média ainda cheia de esperança. Além de acessórios, o magazine vendia
cosméticos, vestuário feminino, masculino e infantil, roupa de cama e mesa,
brinquedos, cristais e objetos de decoração. E o seu elevador quase
transparente de portas douradas era uma espécie de nave sideral segura, subindo
e descendo. Ai, ai. Quem ainda pegou a loja em seus tempos áureos, sabe que
entrar lá era uma viagem para crianças e adultos.
Na zona norte do Rio, a loja tinha
filiais menos charmosas, mas igualmente simbólicas, na Tijuca e no Méier. Na
Bahia era o point mais porreta das madames soteropolitanas, no endereço da
famosa Rua Chile, 21, no centrão de Salvador.
A Sloper de Copacabana, na Nossa Senhora de Copacabana, esquina
com Raimundo Correa, teve um melhor destino que a do Centro e virou uma
livraria. Nem isso cura a nostalgia de quem, desavisadamente, caminha pela área
da Rua Uruguaiana e é capturado pela estupefação da realidade. Fonte: Google
IV.
Referências
Bibliográficas
BARBIER,
René. O Educador como quem passa sentido.
Congresso Internacional de Locarno, Suiça, 1997. CIRET/UNESCO
Mensagem
de Vila Velha /Vitória. II Congresso Mundial de Transdisciplinaridade. 06 a 12 de setembro de 2005 –
Brasil
NICOLESCU,
Basarab. O Manifesto da
Transdisciplinaridade. São Paulo: Editora TRIOM, 1999.
WEIL,
Pierre. A Arte de Viver a Vida. 2ª
edição; Brasília: Letraviva Editorial, 2004, pág. 63 a 101.
Silvana
Carolina Gorga – Carol
16
de dezembro de 2011
A TRAJETÓRIA DO AUTOCONHECIMENTO A CAMINHO DA CURA FÍSICA E ESPIRITUAL: A SAÚDE DO CORPO E DA ALMA EM BUSCA DA PLENITUDE
a) A ARTE DE
VIVER CONSCIENTE (Seminário 4) – Elizabeth Richard.
Junho/11
b) O FEMININO
E A CURA (Seminário 5) – Dr. Eliezer
Berenstein. Julho/11
c)
TRADIÇÃO SAGRADA ANCESTRAL BRASILEIRA (Seminário 6) - Kaká Werá Jacupé. Agosto/11
A TRAJETÓRIA DO AUTOCONHECIMENTO A CAMINHO
DA CURA FÍSICA E ESPIRITUAL: A SAÚDE DO CORPO E DA ALMA EM BUSCA DA PLENITUDE
I. O fio condutor regente dos três
seminários
Perseguindo a alegoria do balão
multicolorido – utilizada no primeiro trabalho - que sobrevoa a esfera
terrestre em vôos rasantes e, com a constante sensação de ser guiado ao sabor
dos ventos, nos aventuramos, mais uma vez, na difícil tarefa de elaborarmos
este relatório a partir de uma perspectiva holística de nosso processo de ensino-aprendizagem.
Retomando os conteúdos expressos nos três
seminários, identificamos um fio condutor que permeia as diferentes abordagens,
a partir do qual definimos o título deste trabalho; traduzindo: ao percorrermos
uma trajetória evolutiva na busca e conquista do autoconhecimento acessamos a
possibilidade da cura de nossas doenças do corpo e da alma.
Ø
Se partirmos da
questão essencial que gerou o nascimento do Seminário “A Arte de Viver Consciente” expressa pela inquietude de Weil em
responder a seguinte pergunta: “QUAL O
SENTIDO DA VIDA”; localizamos no símbolo mais arcaico da história da
humanidade representado pela Esfinge uma
possível explicação.
A esfinge clássica composta de quatro
partes: o boi, o leão, a águia e a cabeça humana, representa as funções básicas
constituintes da estrutura do ser humano e seus respectivos estágios
evolutivos.
Essa estrutura, considerada como uma
escada de ascensão, segundo Weil, é constituída pelos seguintes elementos:
ü
os instintos,
ligado ao corpo físico e suas sensações;
ü
as emoções,
ligada aos sentimentos e afetos;
ü
a mente, ligada
ao sistema intelectual, pensamentos, imaginação e criatividade;
ü
a consciência,
como expressão do espírito
Correlacionando a figura da esfinge com a estrutura
evolutiva humana, constatamos as respectivas significações:
ü
o Boi,
representa os instintos localizado no abdômen, pernas e pés;
ü
o Leão,
representa as emoções, localizada no nível do coração, tórax, braços e mãos;
ü
a Águia,
representa a mente e as funções intelectuais;
ü
a Cabeça Humana,
representa a consciência, localizada em cima da fronte.
Há, ainda, outro elemento, a Serpente a qual se situa
no nível da testa, que simboliza a energia, a vida que circula nas diferentes
partes da esfinge, consiste no “diretor de cena” que nos permite transmutar ou
evoluir dos níveis mais densos do boi, do leão ou da águia para o nível da
consciência plena ou transpessoal.
Ø
Ao sobrevoarmos
o Seminário “O Feminino e a Cura” observamos,
dentre os temas tratados, a contextualização da Medicina na visão ocidental a
partir da análise comparativa do juramento de Hipócrates (377 a. C.) e da
Oração do Médico, segundo Rambam (Maimônides – Córdoba – 1135), em que o
primeiro revela a onipotência do médico diante do processo de cura do paciente
e, o segundo, o reconhecimento do poder de cura do paciente através da
capacidade do corpo integrar “inumeráveis forças que trabalham incessantemente
como tantos instrumentos, de modo a preservar em sua integridade esta linda
casa que contem sua alma imortal.”
O foco desse seminário busca resgatar a
visão de cura e saúde a partir de uma abordagem integral do ser humano e, especificamente,
da mulher na integração e harmonia de sua inteligência hormonal, racional,
emocional e social.
Ø
Ao aterrissarmos
no Seminário “A tradição Sagrada Ancestral Brasileira” nos defrontarmos com a
afirmativa de Kaká Werá que o fundamental para conquistarmos o autoconhecimento
e a plenitude da saúde mente-corpo consiste no reconhecimento de dois aspectos
essenciais do Homem diante de sua existência:
ü
Honrar os ancestrais: representados pelas ancestralidades:
§
Divina (mundo de
cima)- Nhamandú: o imanifestável, o Grande Mistério, o Silêncio Luminoso que se
desdobra e se manifesta como Kuaracy – a clara luz, o sol, a emanação luminosa
que se desdobra em Tupã: expressão vibratória, o Verbo Criador que cria o mundo
através da vibração, do Som. Essa tríade representa a dimensão ancestral divina
identificada como a dimensão do ESPÍRITO. Tupã que se desdobra em quatro, passa
a constituir a próxima dimensão;
§
Anímica (mundo
do meio): responsável pela modelagem do comportamento e representada pelos
elementos da natureza – nandejará - e suas respectivas energias: Fogo(Karai),
Água(Iacy), Terra(Tupancy) e o Ar (Jakairá). Dessa dimensão surgem os reinos
vegetal, animal, mineral e humano, donde deste último resulta a última
ancestralidade;
§
Biológica (mundo
debaixo): representada por Tupy, primeiro ser humano e, por todos os
antepassados que constituem a árvore genealógica humana. Em síntese, nossos
ancestrais encontram-se representados pelo Espírito (Nhamandú-Kuracy e Tupã),
Alma (Fogo-Karai, Água-Iacy, Terra-Tupancy e Ar-Jakairá) e Corpo (Ser humano,
na figura do primeiro homem – Tupy)
ü
Reconhecer a Lei da Interdependência: regida pelo princípio que tudo está ligado a tudo,
ou ainda, onde tudo e todos no planeta interferem direta ou indiretamente no
desenrolar das respectivas existências.
Portanto, partindo de uma abordagem analítica e
associativa das principais idéias e mensagens apresentadas nos três seminários,
visualizamos uma convergência e completude entre eles que nos remete a um fio
condutor que os une e sintetiza, podendo ser assim descrito:
Ø
O desenvolvimento evolutivo humano quanto à
capacidade do homem em apreender a compreensão de si mesmo, deve reconhecer os
princípios de sua ancestralidade, a partir dos quais se torna possível a
percepção integrada da sua natureza humana alicerçada em sua dimensão divina,
anímica e física. As questões envolvendo a saúde, a doença e os mecanismos de
cura, somente poderão ser compreendidas e alcançadas por meio de uma
consciência plena e aberta na assunção da verdadeira realidade cósmica a qual
pertencemos.
II. Paralelos interessantes: falando das mesmas coisas
de jeitos diferentes
Ø
Referente aos
conteúdos abordados nos seminários 5 e 6, nos chamou a atenção sobre a
similaridade entre as diferenças funcionais resultantes do padrão Yin feminino
e Yang – masculino de comportamento e a base conceitual do entendimento do IAÔ,
como sendo o espírito de vida que se aloja no ser, onde cada um de nós é uma
vibração e emanação em relação ao espírito do sol.
Nesse cenário, nos deparamos com as seguintes
constatações:
§
Padrão Yin e
Yang de comportamento:
ü
Yin - feminino Yang -
masculino
ü
Contrátil Expansivo
ü
Conservador Exigente
ü
Receptivo Agressivo
ü
Cooperativo Competitivo
ü
Intuitivo Racional
ü
Sintético Analítico
§
Na Tradição Tupy
somos um raio emanado do sol representado por uma parte masculina em nosso
espírito – o IAÔ – que tem como reflexo uma contraparte feminina chamada AVÁ.
Essas duas partes complementares são regidas por uma energia feminina – KAT’MIÊ
e outra masculina – WAK’MIÊ. A energia feminina é representada pela umidade,
noite, luar, inverno e mulher; a masculina por tudo que é seco, verão, dia,
sol, claridade e homem. IAÔ e AVÁ em harmonia estão relacionados com o fluxo de
energia livre entre o Céu e a Terra – como numa passagem bíblica:
“reconcilia-te com o céu e a terra e tudo será resolvido.”
Ø
Da similaridade
entre os chacras hindus e os ieres, representados pelo poder da vibração da
emanação de um som na Tradição Tupy, denominado TAROVÁ.
§
O TAROVÁ é
constituído de 7 centros ou sons, sendo:
ü
1 = Y (pisão no
pé), vogal que representa o centro da terra, raiz;
ü
2 = Û (útero)
representa a água e o centros emocionais
- sensação;
ü
3 = O (plexo
acima do umbigo e abaixo do coração), representa o fogo - emoção;
ü
4 = A (região do
coração) representa o ar – pensamento;
ü
5 = E,
representa a essência anímica ligada à simbologia da lua que é a essência
feminina, comunicação e expressão da alma.
ü
6 = I (base da
nuca) energia de irradiação, sol, caixa de ressonância;
ü
7 = (coronário)
som unaudível, aquieta o parakaó (fala interna contínua, “papagaio interior”),
visualiza cor ou intento – paz, saúde e boas energias.
ü
8 = o APYTÉ (um
palmo acima do sétimo som) = cocar espiritual, estrela guia, é a aura
resultante da soma de todos sons.
ü
Quando entoadas
em conjunto, essas vogais emanam vibrações constituindo sílabas sagradas que
arejam e revitalizam o organismo humano promovendo saúde.
ü
Síntese:
Y=Terra, U=Água, O=Fogo, A=AR, E=Lua, I=Sol
Ø
A formação da
consciência na Tradição Tupy, assim como para a ciência da psicologia é
constituída pela intuição, pensamento, sentimento e sensação, sendo que a cada
um deles corresponde um elemento da natureza, a saber:
ü
Intuição = Fogo
ü
Pensamento = AR
ü
Sentimento =
Água
ü
Sensação = Terra
III. Considerações
Finais
A viagem traçada pelo
mapa da existência representa um longo e complexo percurso a seguir, senão pelo
tempo cronológico dessa duração incerta, seguramente pela extensão,
profundidade e intensidade das experiências e conhecimentos a serem adquiridos
e vivenciados.
Na condição de
observadores e aprendizes da própria existência, com qual porção de consciência
realmente passamos por ela? Quais são as ondas eletroencefalográficas que
imperam e preponderam ao longo de nossas vidas?
Passamos boa parte de
nosso tempo acordados, no estado de consciência de vigília – ondas
beta/rápidas, entretanto, na realidade distraídos em devaneios e quimeras
perdidos no tempo passado ou futuro, mas raramente atentos ao momento presente.
Quando sonhamos –
ondas alfa e teta , mais lentas, estamos dormindo e movimentando os olhos, mas
não raras vezes, não lembramos do que sonhamos.
E o que dizer do sono
profundo – reparador – sem sonho, ondas delta muito lentas que tão bem fazem à
saúde e, que para muitos, só se torna uma experiência possível quando ninados
ao som de antidepressivos e outras drogas soníferas.
Mas o nosso maior
sonho, enquanto grande desejo a ser alcançado, é o estado de consciência
chamado de superconsciência ou transpessoal que consiste estarmos operando em
ondas delta, as do sono profundo, porém, em estado de vigília. Este é estado
provado pelos grandes mestres, santos, yogues e praticantes assíduos e
experientes das práticas meditativas.
E assim, entre atos e
percalços, nos perguntamos quanto aos diferentes estados de nossa consciência:
Vigília, o quanto de
ti já desperdicei por não estar atenta ao momento presente reconhecendo os
sinais da linguagem sutil da existência e fazendo do aqui e agora a grande
oportunidade de exercitar meu livre arbítrio fazendo as melhores e mais
acertadas escolhas?
Sonho, o quanto de ti
já perdi não fixando as revelações da reedição de experiências passadas e
possibilidades de premonição das futuras, pela desimportância de estar em ti
atenta ou pela fadiga extenuante do cotidiano?
Sono profundo, o
quanto a ti já desejei para recuperar minhas forças, saúde e energia e só pude,
muitas vezes encontrá-lo, na farmacologia destinada a aliviar minha dores
crônicas, do corpo e da alma?
Ah.....
superconsciência o quanto ainda te busco e hei de encontrar nas minhas
persistentes investidas das aulas de yoga e da tão difícil disciplina da
prática meditativa.
E assim vamos vivendo
e caminhando através de nossos estados “normais” ou alterados de consciência.
Porém, sempre nos
questionando de como podemos viver plenamente esses diferentes estados
absorvendo o máximo de suas experiências ao vivê-los no tempo devido atribuído
a cada um deles – nosso presente, passado e futuro.
Como adquirirmos um
estado de sanidade física e mental num mundo repleto de disfunções e
desarmonias que clamam por adoecimento, insanidade e inundam nossos olhos e
mentes com os apelos mercadológicos e miraculosos da indústria farmacêutica que
fabrica doenças que não existem e agravam as já existentes?
Como disse nossa
mestra Betinha, temos que despertar, acordar enquanto há tempo, pois a vida não
avisa: im–provisa. Há premência em nos conduzirmos como peixes capazes de enxergar
os princípios de nossa gênese: o oceano; e cometermos a ousadia de enxergar
nossa vida possível, além do paredão de vidro – aquário, para nos descobrirmos
como seres concebidos para a unicidade, totalidade e transpessoalidade, o que
também, pode ser sinônimo de entes capazes de operarem suas próprias curas e
milagres.
Reverenciar nossos
antepassados, perdoá-los e destituí-los das energias negativas e destrutivas
que nos faz adoecer.
Saber reconhecer e
espantar nossos algozes e monstros representados na tradição indígena pelos:
Anguery (bloqueio mental, idéias fixas obstrutivas e maus pensamentos), Atsyguá
(alimentar mágoas e sentimentos que fazem mal à saúde), Karon (espírito gerado
pela energia de antepassados que atraem obsessores dominados pela tristeza,
dor, depressão ou vícios), Makú (formado por um conjunto de maus hábitos e
traços de personalidade danosos) e Mamaé (energia de uma intenção forte
arremessada de alguém contra nós).
Perseverarmos nas
práticas que nos conduzem à transpessoalidade como processo curativo, segundo
trechos abaixos, extraídos da Carta da Escola Internacional da Comunidade
Mundial para a Meditação Cristã:
Se
estivermos no caminho do autoconhecimento é importante fazer diariamente,
alguma prática para ir eliminando tudo o que faz mal e, assim, dar espaço ao
pensamento do criador para ir se iluminando, ser melhor direcionado, melhor
concentrado, melhor irradiado. Por isso, todas as tradições sagradas no oriente
e no ocidente, possuem técnicas de meditação, de interiorização para que se
possa trabalhar melhor o poder da criação que está vibrando através de você,
pois se você não fizer isso, alguém vai fazer.
E, ainda, outro trecho que vale a pena transcrevê-lo:
Quando entramos no silêncio desse modo profundo, um
diferente caminho de conhecimento é ativado: deixamos para trás nossa consciência
puramente racional e lógica, e começamos a entender as coisas com um tipo de
conhecimento intuitivo mais elevado, direto e imediato, a que os primeiros
teólogos frequentemente denominavam 'Os Olhos do Coração'. Ganhamos o acesso à profunda fonte interior
da verdadeira visão, a consciência de Cristo em nosso coração. Quanto mais
penetramos o silêncio e a imobilidade da meditação, mais clara se torna nossa
compreensão intuitiva. Nós apenas 'sabemos'. Isso irriga nossa vida diária e,
passamos a seguir, cada vez mais, a voz de nossa intuição.
Orígenes, um dos Padres da Igreja primitiva, foi quem
primeiro mencionou os sentidos interiores. Ele dizia haver cinco outros
sentidos, em adição aos nossos sentidos físicos comuns. A alma também tem sua
visão, seus ouvidos, seu paladar, seu olfato e seu tato.
Todo o propósito da meditação é o de acordar esses
sentidos. Ao trazer então a mente para o coração, nosso eu racional não mais
dominará nosso ser, mas nosso eu intuitivo, nosso verdadeiro eu, pode infundir
o ego, o eu racional, e os dois serão lentamente integrados. Então, passamos a
ser verdadeiramente inteiros. Agora, passamos a lembrar quem realmente somos. A
meditação nos ajuda a experimentar Cristo como uma forca viva em nós,
energizando, curando, transformando, levando-nos a uma maior consciência,
integridade e compaixão.
É importante lembrarmos que isso não é algo apenas
para a elite; isso faz parte de nossa natureza humana. Um das pedras
fundamentais da psicologia junguiana é a de que existe uma tendência intrínseca
para a plenitude e, para a integração, no interior da psique de todas as
pessoas, que também foi trazida à luz por essa citação de Santo Agostinho:
“Todo o propósito
dessa vida é o de restaurar a saúde dos olhos do coração, por meio dos quais
Deus pode ser visto”.
Diante de tanta beleza e sabedoria expressas nos trechos acima, só nos
resta concluir clamando ao Criador de tudo e de todas as coisas que nos conceda
um coração sempre atento para a vidência e o esplendor da vida, eternamente
vocacionada para o amor, alegria e compaixão. Vida na saúde, vida na doença,
porém, sempre vicejante e plena do SER em Deus.
Ø
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Escola Internacional - Comunidade Mundial para a Meditação Cristã
www.schoolforteachers.org Carta 31 e 32
JACUPÉ, Kaká Werá. Texto : A Árvore Ancestral – Ecomedicina Tupy
WEIL, Pierre. A arte de viver a vida. 2. Ed. Brasília: Letrativa Editorial, 2004. Pg 39 a 55.
Silvana Carolina Gorga -
Carol
Setembro-2011
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