sexta-feira, 27 de abril de 2012
domingo, 15 de abril de 2012
Sawabona! Sikhona!
Como costumo trabalhar com Mapas conceituais, em sala de aula, optei por organizar a informação desses seminários dessa forma
Seminários 4, 5 e 6
Trabalho Transdisciplinar de Ivone Gonçalves
sábado, 7 de abril de 2012
Quarta tentativa
Seminário
IV A arte de viver consciente
Elizabete
Richard
Seminário
V O feminino e a cura
Eliezer
Berenstein
Não te prendas a nada que com o tempo venha a te destruir. George Ivanovitch Gurdjieff (1866-1949)
Para os indígenas andinos, o deus
Wiracocha, “hacedor del mundo” (INCHAUSTE, 1999 p.23), foi o criador das
montanhas, do mar, do céu, da lua, do sol, da terra e dos primeiros homens.
Esculpiu-os em pedra de tamanho descomunal e os pintou; mas eles eram maiores
que o deus e isso não era bom. Então, os desfez e os esculpiu do seu tamanho.
Foi assim que os fez a sua imagem e semelhança. Mas entre eles se disseminou o
vicio, a soberba e a cobiça, o que provocou a fúria de Wiracocha e ele zangou-se,
castigando-os. Alguns foram convertidos em pedra; outros, a terra engoliu e, finalmente,
o “hacedor del mundo” mandou um dilúvio à Terra. Todos os homens se afogaram e se
destruiu tudo o que fora criado. Passado um tempo, Wiracocha retornou e determinou
povoar a Terra pela segunda vez e aperfeiçoar a sua criação. Criou novos homens
feitos do pó da terra. “A cada uno le dio un espíritu y
le pintó el vestido que debía usar.” (INCHAUSTE, 1999 p.27). Reuniu-os em nações
e lhes deu a língua com a qual deviam falar, os cantos que deviam entoar; além
da comida, as sementes para cultivar e alimentar-se. Observamos que, no mito
indígena, houve três tentativas para aperfeiçoar o ser humano. A primeira foi
destruída porque os homens eram maiores do que o deus Wiracocha; a segunda,
eles foram vulneráveis aos vícios e punidos com o desaparecimento. Após algum
tempo, foram criados pela terceira vez; dessa vez, tinham um espírito e, ao
longo da sua existência, compuseram-se de deficiências e antideficiências.
A logosofia caracteriza o ser humano por deter
deficiências e antideficiências, que coexistem. Alguns exemplos de pensamento-deficiência
são: a soberba, a rigidez, a indiferença, a teimosia e outros. Como exemplo de
correspondência pensamento-antideficiência, cita a humildade, a flexibilidade,
o interesse, a docilidade etc. Para Pecotche (1976), as deficiências são o
pensamento negativo que, enquistado na mente, exerce forte pressão sobre a
vontade do indivíduo, sendo denominado de pensamento-deficiência. Esta é a
causa “determinante da incapacidade e impotência dos esforços humanos à procura
do despertar consciente nas altas esferas do espírito” (PECOTCHE, 1976 p.11). Por
outro lado, o pensamento que se opõe à deficiência é a antideficiência. É uma
espécie de “pensamento-polícia que deve ser instituído na mente com o objetivo
de vigiar, repreender e paralisar, temporariamente ou definitivamente, o
pensamento-deficiência”. (PECOTCHE, 1976 p.21)
Mercê de seu influxo, a vontade se
fortifica e opera sobre a inteligência, instando-a a movimentos mentais
tendentes a anular o despotismo que o pensamento-deficiência exerce sobre os
mecanismos mental, sensível e espiritual do homem. (PECOTCHE, 1976 p.20)
Após expressar como opera o
pensamento-antideficiência frente ao pensamento-deficiência, o autor explica
que ativar o pensamento-polícia depende unicamente do individuo. Para isso, conta
sobre um fazendeiro de outras épocas, cujas terras foram invadidas por feras,
as quais, após assolarem seus campos, ávidas de sangue, se lançam contra sua
vivenda com o objetivo de devorá-lo. Suponham que alguém tivesse feito chegar
ao fazendeiro armas de fogo para a defesa de sua vida, armas que jamais tinha
visto e cujo uso, em conseqüência, desconhece. O que fará o fazendeiro para
defender-se das feras com as armas de fogo se não sabe empregá-las? As armas
simbolizam os conhecimentos internos que residem no âmago do ser humano e, uma
vez acessado por ele mesmo, estará preparado para exterminar as feras e “livrar
a propriedade mental de todo ente maligno.” (PECOTCHE, 1976 p.23)
Porém o ser humano não saberá defender-se
se ignorar que é portador de pensamento-deficiência “[...] seu possuidor, em
geral, permanece alheio a isso”. (PECOTCHE, 1976 p.19) Não consentir os
pensamentos-deficiência impede o desenvolvimento das possibilidades mentais e
espirituais de todo ser humano com vistas ao aperfeiçoamento humano. O processo
de evolução humana se dá mediante o conhecimento do pensamento deficiente e da
predisposição em neutralizá-lo, caso contrario “[...] as deficiências serão
sempre deficiências enquanto o homem nada fizer por extirpá-las.” (PECOTCHE,
1976 p.24) Por outro lado, “é preferível conhecer que inimigos temos dentro,
para combatê-los com lucidez mental, a ignorá-los, [...]”, (PECOTCHE, 1976
p.15). Para combater com lucidez mental, deve-se perceber o próprio mundo
interno e fincar-se no singular e integral labor interno do auto-conhecimento
que assinala uma ação irrenunciável do processo de evolução consciente “[...] e
já se sabe com quanto viço, frescor e força revive a árvore depois que lhe
podamos os galhos inúteis, livrando-a das pragas que a estiolam”. (PECOTCHE,
1976 p.15).
Durante o seminário IV A arte de viver
consciente, praticamos na meditação Quem é você a poda daqueles galhos inúteis,
porém não foi suficiente porque no seminário V sobre o feminino e a cura,
afloraram pensamentos-deficiência por parte dos aprendizes, como do
facilitador, contexto que serviu para perceber a dificuldade do ser humano em
enfrentar ações, atitudes, sentimentos, emoções e experiências que não convergem
com as suas. Revelou-se a inaptidão que há em acolher a pluralidade existente,
ou seja, ouvir, ver, sentir e viver o que é díspar ao entorno, a incapacidade
de congraçar o outro, a inabilidade em impregnar-se do outro. Diante das
reações dos participantes e do facilitador durante o seminário, constatamos o
entorpecimento que a matriz newtoniano-cartesiana exerce nos humanos. Essa
constatação ressoou no movimento de decomposição e composição, quer dizer, detectar
dentro de si a indumentária dos pensamentos-deficiência e então desvestir-se
deles para lograr um novo estado de consciência. “Viver consciente implica em
conhecer o mapa da evolução do ser humano.” (WEIL, 2004 p.55). Quiçá o “hacedor
del mundo” esteja sussurrando a chegada da quarta tentativa, ou seja, da era
impregnada de uma nova consciência, e que para fazer parte dela é
imprescindível livrar-se das feras.
Referências
CAMARGO,
Lucila. Diálogos evolutivos: uma
proposta de novo olhar sobre velhos paradigmas. 2011. Unipaz- SP.
INCHAUSTE,
Isabel Mesa de. El espejo de los sueños. La
paz, Bolivia: Alfaguara Juvenil, 1999.
PECOTCHE,
Carlos Bernardo Gonzáles. Deficiências e
propensões do ser humano. 2. ed. São Paulo: Logosófica, 1976.
TAUNAY,
Daniel. Ciência e espiritualidade.
2011. Unipaz- SP.
TAVARES,
Clotilde. Iniciação a visão holística.
5. ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2000.
WEIL,
Pierre. A arte de viver a vida. 2. ed.
Brasília: Letrativa editorial, 2004.
Trabalho transdisciplinar Marcia Eliane
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“Avá”
Seminário
V O feminino e a cura
Eliezer
Berenstein
Seminário
VI Tradição ancestral brasileira
Kaká
Werá Jecupé
“Avá”
Tudo está relacionado
entre si. O que fere a terra fere também os filhos da terra. Não foi o homem
que teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer
à trama, a si próprio fará. Pele Vermelha Seattle (1856)
Nos seminários O feminino e a cura e
Tradição ancestral brasileira, os facilitadores Eliezer, de origem judia, e
Kaká, de origem indígena, possuem algo em comum: eles são curadores. O primeiro
esboçou o funcionamento da medicina dentro da matriz newtoniano-cartesiano, e Kaká,
por sua vez, evidenciou a prática da cura dentro de concepções holísticas.
Eliezer explicou a atividade da medicina na
matriz, a partir dos temas da formação acadêmica do aluno de medicina, “[...]
jovens graduados aprenderam muito mais a respeito do mecanismo da doença, [...]
eles são excessivamente “científicos” e não sabem cuidar dos pacientes.”
(LESHAN, 1994 p.121), da relação entre médico e paciente, “[...] uma relação de
poder, autoritária, onde se exige a submissão do doente [...]” (TAVARES, 2000
p.89) e do processo saúde-doença “[...] doença como uma “coisa” e não como
parte de um processo vital global.” (LESHAN, 1994 p.118) Para Biase (2010), o
contexto descrito atende as características do paradigma newtoniano-cartesiano,
analisa as doenças através de uma
óptica essencialmente dualista, mecanicista e reducionista, separando mente e
corpo, e encarando o homem como uma máquina que só pode ser compreendida
desvendando-se os processos bioquímico-moleculares.(BIASE, 2010 p.77)
É fato que a visão da medicina atual diante
dos seres humanos “é a mesma dos mecânicos com relação às máquinas.” (LESHAN,
1994 p.127). Acrescenta Tavares (2000) que a prática médica ocidental concebe o
corpo humano como um mecanismo que funciona como uma máquina; compreende a
doença como avaria e a saúde como o funcionamento perfeito dessa máquina, que compete
ao médico consertá-la. Diante disso, deprende-se que nenhum “[...] sistema do
corpo [...] está livre da ameaça de não poder funcionar bem sozinho ou
recuperar-se sem ajuda caso venha a sofrer um distúrbio”. (LESHAN, 1994 p.115) Esquecera-se
por completo de que o ser humano possui “[...] dentro de si processos
restauradores de cura inerentemente naturais [...]”. (LESHAN, 1994 p.140) Ressalta
que a “[...] abordagem cartesiana e mecanicista de nossa medicina científica
falha, ao não incluir o homem em uma concepção mais abrangente, sistemática e
ecológica, capaz de integrá-lo ao meio biopsicossocial” (BIASE, 2010 p.77). Na
matriz perdeu-se “de vista a totalidade do ser humano e o funcionamento do
organismo como um sistema vivo cujos componentes são interligados e
interdependentes” (TAVARES, 2000 p.86) e, por sua vez, fazem parte de
organismos maiores que o afetam, mas que podem ser também, modificados por
eles. Considerar o homem numa concepção mais abrangente, para Tavares (2000),
modifica as questões relacionadas ao processo saúde-doença. Assim como também “das
relações sociais e econômicas que se dão no contexto da sociedade”. (TAVARES,
2000 p.89). A cura “não é possível sem uma expansão da consciência”.
(DETHLEFSEN; DAHLKE, 2007 p.19)
Leshan (1994) aponta três princípios
básicos da medicina holística: a totalidade, (quer dizer o ser humano é parte integrante
do universo e inseparável); a unidade da pessoa, (ou seja, o sujeito compreendido
a partir de todos os níveis físico, mental, emocional e espiritual), e a qualidade
única de cada pessoa, (isto é, há um caminho diferente e único para cada
individuo). Acrescenta que nenhum desses princípios pode ser validamente
reduzido à nenhum outro. Para Tavares (2000), o indivíduo traz dentro de si esses
preceitos e, segundo Leshan (1994), eles estimularão a capacidade do sanar no
ser humano. O estado de saúde dentro da visão holística “pode ser definido como
um estado de harmonia entre o corpo, a mente e o ambiente.” (TAVARES, 2000
p.89)
Adepto da saúde holística, Kaká Werá acrescenta
“[...] nós somos multidimensionais e, que embora cada um de nós seja uma
unidade, temos várias inteligências interagindo conosco [...].” (WERÁ s/d) Ele
demonstrou que o ser humano possui instrumentos de cura interna. O sanar está na conexão entre o homem e a natureza, e
nessa relação consta a sabedoria dos antepassados. Na mitologia Tupy, o ser
humano é concebido como um som que se pôs de pé. Trata-se de identificar o ser
humano, não pelo aspecto físico, mas pela sua essência vibratória, que se
manifesta como consciência, de onde são emanadas as palavras e os intentos que
se expressam através do sentimento e das suas respectivas ações. Então o ser
humano é detentor de uma dimensão ecológica e espiritual que suporta o aspecto
físico e psíquico; porém ele “[...] esqueceu que, entre nós e a natureza,
existe uma intimidade tão profunda e antiga, que se une com a origem da vida.” (WERÁ
s/d).
Na tradição Tupy, o ser humano é oriundo da
mãe terra; explica que os quatro seres alados da natureza: Karai, Yacy,
Tupancy, Jakairá, que são como deuses, teceram o primeiro ser humano e o
espírito da terra, pois os seres alados são originários do espírito da Mãe Terra.
Na ancestralidade Inca a cura acontecia quando se pedia ao corpo enfermo que se
harmonizasse com a Pachamama, ou seja, com a mãe terra. Era nela que se
encontrava a cura. Para Werá (s/d) a Mãe Terra é venerada nas culturas de
matriz ancestral, pois ela traz a luz à forma através do espírito do fogo, o
espírito da água, o espírito da terra e o espírito do ar que são regidos pelo
coração da terra. “[...] a Terra é a manifestação física do divino, a
manifestação física de Deus, e é a face feminina de Deus. [...], Deus se
realiza através dela.” (WERÁ s/d).
Unir-se à natureza de maneira celebrativa e ou ritualística, invocando
ancestrais divinos promove a harmonização, quer dizer, a cura do ser humano em todas as suas dimensões
física, mental, emocional e espiritual.
“Os pássaros, [...],
conseguem livrar-se com bastante êxito dos insetos parasitas, cobrindo-se de
poeira.” (LESHAN 1994, p.119) É sabido que esse procedimento atua, obstruindo
os poros respiratórios dos insetos, fazendo com estes abandonem o corpo das
aves. As ferramentas para sarar acionada pelos pássaros também habita no ser
humano. Verificamos que a cura, como um instrumento de sabedoria interna e
inerente ao ser humano foi exilada do modelo newtoniano-cartesiano. Porém, dentro
das concepções da medicina holística o sanar consta na manifestação do “avá”,
que significa, em Tupy, ser humano integrado.
Referências
BIASI,
Francisco di. O homem holístico: a
unidade mente-natureza. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
BOFF,
Leonardo. O despertar da águia: o
dia-bólico e o sim-bólico na construção da realidade. 20. ed. Petrópolis,
RJ: Vozes, 1998.
DETHLEFSEN
Thorwald; DAHLKE Rudiger. A doença como
caminho: uma nova visão da cura como ponto de mutação em que um mal se deixa
transformar em bem. Tradução Zilda Hutchinson Schild. 14. ed. São Paulo: Cultrix,
2007.
KIPERNSAIN Paloma. Agosto: Mes de la Pachamama Disponível em: < http://blogs.educared.org/pescandoideas/2007/08/18/agosto-mes-de-la-pachamama/
> Acesso em: 29 de ago. de 2011.
LESHAN,
Lawrence. Meditação e conquista da saúde.
São Paulo, Editora Pensamento, 1994.
RAUNÍCEAU,
Jocelyne. Nuestros
ancestros y las diferentes inteligencias del cuerpo humano. Disponível
em: < http://www.slideshare.net/carlitos
rangel/presentations > < http://hooponopoenvenezuela.wordspress.
> Acesso em: 31 de ago. de 2011.
TAVARES,
Clotilde. Iniciação a visão holística.
5. ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2000.
WASHINGTON,
Araújo. Estamos desparecendo da terra. A
visão Bahá í sobre o destino glorioso dos povos indígenas da América –
1492/1992. 1 ed. Campinas, SP Editora Bahá í do Brasil, 1991.
WERÁ,
Kaká. A árvore da ancestralidade. Ecomedicina Tupy. s/d.
Trabalho Transdisciplinar Marcia Eliane
segunda-feira, 2 de abril de 2012
III Festival Mundial da Paz - 6 a 9 de setembro de 2012
III Festival Mundial da Paz - 6 a 9 de setembro de 2012
O QUE É ?
O
III Festival Mundial da Paz é um evento global, sistêmico, multicultural,
descentralizado e integrador.
É
realizado por voluntários que compartilham gratuitamente suas experiências e
saberes em prol da causa da paz.
Ocorre
a cada 3 anos visando a promoção, a partilha e a vivência de valores e
experiência de cultura de paz entre diversos agentes, instituições e indivíduos
dedicados ao desenvolvimento e difusão
desta causa.
É
promovido pela Rede UNIPAZ e mais de duas centenas de entidades
parceiras, tais como, organizações governamentais e não governamentais, entidades de classe, grupos e congregações religiosas, segmento
acadêmico, clubes e redes de serviços, entidades promotoras de cultura de paz,
defesa de direitos humanos, ecologia e educação, entre outras.
Em
sua terceira edição pretende reunir cerca de 200.000 participantes e contar com
manifestações de paz em todas as nações do planeta.
É
gratuito e sem fins lucrativos.
POR QUÊ?
Vivemos tempos de grandes contradições.
De um lado temos a rede mundial de computadores que proporciona acesso a
qualquer ponto do planeta, permitindo conexões e interações instantâneas. De
outro lado a discriminação, o preconceito, a intolerância geram o caldo da
violência que afasta, divide, atemoriza e conflita a humanidade.
Essa contradição precisa transformar-se em coerência. O III Festival Mundial da Paz se propõe a
agregar contribuições de redes e indivíduos interessados e disponíveis para a
construção de um novo modelo de mundo . O chamado que inspira e transpira a
nova realidade é “Manifeste sua Paz”.
PARA QUÊ?
Mudar o mundo é,
verdadeiramente, mudar o olhar!
O desafio humano, neste momento, é um convite
à reflexão e escolha: em que mundo se deseja viver? Com que olhar?
É preciso compreender que
a mudança do mundo começa com a transformação da visão sobre o que é
prioritário e relevante.
Para isso, é preciso
vencer os desafios e obstáculos que a cultura do conflito tem imposto e cultivar
ações com o exercício da cultura de paz que prevê a inclusão, a cooperação, a
solidariedade, a partilha, a tolerância, o fomento à diversidade e a aceitação
plena de toda experiência como uma só e mesma jornada para todos os seres.
A UNIPAZ, como entidade
de educação para a paz, tem como dever e responsabilidade o cuidado integral do
planeta e da manutenção das condições de vida para as gerações futuras.
Por isso convida a
população a participar do III Festival Mundial da Paz, dividindo a honra e
privilégio de contribuir para transformar os modelos mentais e construir novas
possibilidades pessoais, de convívio social e preservação e sustentabilidade
planetária.
OBJETIVO GERAL
Cultivar a Cultura de Paz
Objetivos Específicos:
ü Integrar
as redes de Cultura de Paz para fortalecimento do movimento.
ü Promover
um evento multicultural e descentralizado, construído coletivamente que
possibilite ao público alvo uma experiência concreta.
ü Proporcionar
atividades que inspirem um despertar coletivo de consciência de paz no âmbito individual,
social e ambiental.
ü Estimular
manifestações de paz simultâneas em outras cidades do país e do mundo, visando
a construção de um teia global de consciência de paz.
PARA QUEM?
Voluntários de qualquer parte do planeta, que de maneira voluntária, desejem compartilhar
gratuitamente suas experiências e saberes através de atividades lúdicas,
científicas, filosóficas, práticas, curativas e artísticas.
Adultos, jovens e crianças de todas as comunidades onde os
eventos do Festival acontecem.
PROGRAMAÇÃO
A programação das
atividades contempla as Artes, a Ciência, a Filosofia e as Tradições com:
ü Caminhada
da Chama da Paz;
ü Momentos
de conexão com danças circulares, jogos cooperativos, meditação, etc;
ü Palestras
com Jean Yves Leloup, Roberto Crema, Sri Sri Sri Ravi Shankar, Prem Rawat (a
confirmar), etc;
ü World
cafés com temas de desenvolvimento sustentável, biodiversidade, comunicação não
violenta, justiça restaurativa, cooperação, empresas sustentáveis,lideranças
baseadas em valores humanos, saúde, etc;
ü Fóruns
com os povos originários, encontros interreligiosos, entidades de valores
humanos, educação para a paz, etc.
ü Oficinas
e vivências integrativas com foco em saúde, alimentação, educação, meio
ambiente, valores humanos, bandeiras da paz, contação de histórias, etc;
ü Terapias
integrativas tais como: naturologia, reflexologia, massagens corporais,
energéticas, arterapia, etc;
ü Feira
de quem faz a paz com projetos sociais transformadores de realiades;
QUEM FAZ?
A Rede Unipaz em parceria com entidades
co-realizadoras. Tem como anfitriã a Unipaz de São Paulo, sob coordenação geral
da presidente da UNIPAZ e também Coordenadora Geral do Festival Nelma da Silva
Sá.
Contatos:
Coordenação Geral
Nelma da Silva Sá
Cel: (11) 9812-4740
Logística
Angel Pereira
Cel.: (11) 9549-5789
Temática
Dulce Magalhães
Cel.: (48) 9983-3264
COMUNICAÇÃO
Lucila Camargo
Cel.: (11) 9103-1929
ADMINISTRAÇÃO
Hélyda de Oliveira
Cel.: (62) 7813-2463
UNIPAZ SP
Uilson Silva
Tel.: (11) 5083-4378
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Trabalho transdisciplinar de Mary
a) A ARTE DE VIVER CONSCIENTE. Elizabeth Richard.
Junho/2011
b) O FEMININO E A CURA. Dr. Eliezer
Berenstein. Julho/ 2011
c) TRADIÇÃO SAGRADA ANCESTRAL BRASILEIRA. Kaká Werá.
Agosto/2011
Ao tomar nota da frase dita por Eliezer “A
maioria dos problemas ginecológicos tem suas raízes nas dificuldades que o
mundo moderno oferece à existência
humana feminina”, um estranhamento percorre meu corpo, como se procurasse meu
âmago e uma resposta àquela frase tão contundente. Sinto um misto de deslocamento,
indignação e perplexidade, como se minha existência fosse questionada pelo
mundo e por mim mesma. Durante todo o seminário este conflito interno se
manifesta, provocando interrogações e questionamentos, “motins”, batalhas e por
fim, bandeiras brancas hasteadas. Imagens de uma passeata na Paulista, onde
mulheres de todos os lugares levavam cartazes com diferentes bandeiras
políticas me vêm à mente, e eu, empunhando um cartaz “Fora Bush!!” , me vejo
perdida em meio ao spray de pimenta, à
correria e ao pânico ... Será que eu tinha consciência então deste “feminino” sobre
o qual ouço agora?
Confesso
que este seminário em especial provocou em mim várias sensações e sentimentos,
e principalmente, o terrível incômodo de me olhar em frente a um espelho e de
me questionar “O que você está fazendo consigo própria?”. Há tempos atrás esta
questão nada mais era do que uma questão de sobrevivência, ou seja, como diz a
canção “Peace on Earth”, da banda irlandesa U2, “... e você se transforma num
monstro para que o monstro não o destrua”. Entretanto, uma “correção no
percurso”, ao percebermos as conseqüências de nossas decisões, é sempre
bem-vinda.
A
imagem da ciranda feita pela Cris, Verinha e Luciano, orquestrada pela Laura,
na aula da Betinha, fazendo uma alusão ao equilíbrio entre o boi (instinto), o
leão (emoção) e a águia (razão), espoca em minha mente como um flash e me pergunto se este equilíbrio é
realmente possível... E junto a isso tudo, ouço a música “Forbidden Colors”, do
filme “Furyo – em nome da honra”, com David Bowie e Riyuchi Sakamoto, música
esta escolhida pela Betinha para trabalhar o conceito da Serpente, aquela que
“dirige toda a cena” e me desconcentro totalmente, pois esta música marcou todo
o meu período da faculdade, repleto de amizades, descobertas, libertações e
construções de sonhos para o futuro. Que coincidência, ou melhor,
sincronicidade: momentos tão importantes, iniciáticos em minha vida, que são
pontuados por uma mesma canção.
É claro
que com tantos estímulos advindos destes seminários, começo a me lembrar e a reavaliar
e refletir sobre conceitos tão presentes em mim já há tempos e a reviver
emoções muito bem guardadas em mim. Lembro-me
de um sonho que tive, há muitos anos, em que estava numa sala de aula, muito
enfadonha e da qual estava louca para sair. Então, o professor disse que daria
início a uma aula sobre “geografia submarina”, sobre a qual pensei “Pode ser
interessante”. Imediatamente após este pensamento, a sala de aula se
transformou num grande cinema 360°, com imagens belíssimas do fundo-do-mar,
cardumes de peixes coloridos e brilhantes, corais, algas, enfim, um mundo que
eu não conhecia. Fiquei extasiada, literalmente, por estas imagens, as quais
passeavam por toda sala, como se fossem holográficas. Fui tomada por um sentimento
de alegria, quase êxtase mesmo, e continuei a observar todos os detalhes. De
repente, as imagens começaram a diminuir, pouco a pouco, mas a riqueza dos
detalhes continuava, mesmo porque eu os havia vivenciado e sabia que eles
estavam todos ali. As imagens foram diminuindo, diminuindo, diminuindo, até
ficarem todas concentradas num aquário pequeníssimo e redondo, colocado aos
nossos pés. Lá estávamos todos nós, os alunos, olhando para os nossos próprios
pés, como índios abraçados num círculo, cabeça a cabeça, mirando o centro dele
e bem no meio dele um pequenino aquário também circular, com uma vida marinha
rica, variada, bela e tão detalhada que eu me perdia em meio a ela. Levantei os
olhos para cima e pensei “Então é isso: o macro é o micro e o micro é o macro.
Se pudéssemos compreender isto, não nos mataríamos e nem mataríamos a
natureza.” Despertei, abri meus olhos e chorei por uns dez minutos, um choro de
emoção, compreensão e alegria. Foi um momento de cura marcante em minha vida,
uma das várias pelas quais venho passando e pelas quais nutro uma profunda
gratidão. É impressionante como somente o recordar desta experiência me traz
para o momento, o aqui e agora, de forma incontestável, é como se uma pequena
luz se acendesse e me iluminasse por inteira lembrando-me do que realmente
importa, daquilo que realmente faz sentido e é verdadeiro dentro de mim.
Quando
Kaká menciona “o guerreiro de seu interior” e os dez passos para configurarmos
nossa mitologia, pressinto uma cura interior sendo trabalhada conjuntamente com
a Natureza, um processo de reaprendizagem e retorno a mim mesma e à sabedoria
da Mãe Natureza e do Cosmos. Como diz a personagem Tsahik, a Mãe da Tribo Omaticaya
no filme “Avatar”, a Jake Sully, soldado humano que tem ordens de se infiltrar
na tribo, conhecer os hábitos e aprender sobre os pontos fracos da mesma e,
assim, dominá-la: “Aprenda bem, Jake Sully, e então veremos se sua insanidade
pode ser curada”, diz ela, na esperança de que, assim como Jake deseja aprender
sobre a tribo no intuito de dominá-la, o próprio conhecimento possa
transformá-lo e trazê-lo de volta à sanidade.
Sim, uma alegoria à nossa própria sociedade, cuja “insanidade”
nos entorpece, cega e ensurdece. Somos anestesiados pelo que vemos, respiramos, bebemos, sentimos ao nosso redor
e, muitas vezes, em nosso interior, pelo que vendemos e compramos todos os
dias. Felizmente, parece que, pouco a
pouco, tudo isto começar a se transformar, com a ajuda de conhecimento antigo e
ciência de vanguarda, terapias complementares, Natureza, disciplina e
paciência.
De
forma interessante, a própria ciência de vanguarda parece beber em fontes
antigas e revisitar um conhecimento há muito esquecido. Grande parte do que
Kaká explica nos parece extraordinariamente atual, tudo o que a ancestralidade
indígena Tupy já conhecia naquela época
parece chegar a nós também através da Física Quântica. Tudo nos parece
tão antigo, e ao mesmo tempo tão familiar
e contemporâneo, como se passado, presente e futuro fossem simplesmente
a mesma coisa, o mesmo momentum, como se cada um/a de nós fosse um microcosmo,
um universo perfeito, como se cada pedacinho fosse um sistema tão perfeito
quanto o próprio Cosmos.
Desta
forma, a ciência de vanguarda e o conhecimento antigo nos auxiliam para que
compreendamos nosso corpo e assim tenhamos mais consciência dos processos que
nos acontecem, e, conseqüentemente, tenhamos mais alternativas em nossas vidas
e nossos destinos, nos abrem um maravilhoso leque de perspectivas para que
possamos lidar tanto com situações harmoniosas como as desfavoráveis com mais
equilíbrio e consciência. Numa das tantas frases inspiradoras ditas por
cientistas e líderes espirituais no filme “Quem somos nós”, ressalta esta : “ Você é assim hoje, toma as decisões
que toma, porque ninguém lhe ensinou a fazer de outra forma, ninguém lhe
mostrou outras possibilidades.” Felizmente, e finalmente, estas possibilidades
estão à nossa frente, sendo anunciadas e ensinadas, a fim de que possamos
respirar, comer, beber, sentir, andar, falar e agir de uma outra forma, mais
coerente, harmoniosa e que vá de encontro a quem realmente somos.
Bibliografia pesquisada
BERENSTEIN, Eliezer. A Inteligência Hormonal da Mulher. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001
TOBEN, Bob; WOLF,
Fred Alan. Espaço-Tempo e
Além. São Paulo: Cultrix, 1982
Trabalho transdisciplinar de Mary
A vida, ciclos e as transformações.
A
Arte de Viver em
Plenitude Dalila Lubiana
Setembro/2011
Transdisciplinaridade Maria F. de Mello
Outubro/2011
Filosofando
sobre as muitas visões de mundo Dulce
Magalhães
Novembro/2011
A vida, ciclos e as transformações.
Em cada
seminário um encontro comigo mesmo, com minha paz em um novo estado de
consciência.
Embora
no tempo linear aponte que já estamos no 9° seminário, estou concluindo
interiormente o 5°Seminário e praticando também 6 °e 7°.
De certa forma, praticamos todos, pois as
mensagens nos chegam a todo instante no dia a dia.
Quando
participei do seminário do Dr. Eliezer Berenstein intitulado “O Feminino e a Cura”, fiquei
surpresa com a profundidade da questão apresentada, inclusive pelo fato dele ser
da área da saúde e as dificuldades que tem vivido por levantar esta bandeira.
Anteriormente,
tive contato com o tema, com amigos e pela internet, mas sentia o tema sendo
tratado como algo de Deusas ou de adoração. Uma espécie de feminino
contemporâneo.
Embora
sentisse que havia uma “situação” que tínhamos que olhar, e se possível
reverter em nós, não sabia muito bem como fazer, ou por onde começar.
Com
a colaboração do Dr Eliezer, pude ter clareza física do quadro.
Em
primeiro momento montei alguns slides e passei essa informação de forma reduzida
para meus alunos, adolescentes e adultos, senti um impacto talvez menor do que
minha expectativa. Mas, houve um repensar em nossa natureza feminina, e na
natureza de nossas relações conosco e com o mundo.
Depois
de trocar informações com os alunos, comecei a buscar em mim novas atitudes que
me levariam há mudanças internas.
Primeira
atitude que tomei foi cuidar da minha aparência externa, com delicadeza , tempo e amorosidade , assim ,
passei a me maquiar levemente todos os dias , escolher minhas roupas com muita
paciência e sempre tendo um cuidado “vaidoso” ou de privilegiar minha
feminilidade.
Passei
a usar alguns anéis ou colares, coisa que achava anteriormente sem importância.
Passei
a optar por saias, ou roupas mais femininas.
Percebi
algumas mudanças, principalmente nos olhares, e decidi ir mais profundamente à
busca do equilíbrio do meu feminino.
Foi
então, que optei por conhecer a massagem Tantrica que segundo o que li, me
ajudaria a desbloquear o chacra sexual e equilibrar as energias, assim como, a
possibilidade de liberar a kundaline.
Fui
há um lugar chamado “Templo da lua”, de um casal, que creio ser de origem indiana e recebi a tal
massagem, embora todo o tempo me predispusesse a receber o toque e tudo mais,
sentia repulsa pelo massagista , pois
minha energia não era compatível a dele , portanto, não passei do limite de
apenas abrir meu corpo e permitir o toque.
E
embora com esta repulsa ao massagista, houve um efeito posterior à massagem.
Senti-me
muito mais feminina, com leveza e sensualidade, uma sensualidade de auto-reconhecimento
e que perdurou por alguns dias.
Continuei
minha jornada em busca desse elo perdido.
Conversando
com uma amiga na internet, e sem me abrir muito, que na sincronicidade receitou-me
uns florais chamados “ Filhas de Gaia”, que tomei prazerosamente.
CAJÚ (Anacardium occidentale) - flores brancas e rosa
forte Integrando
o telúrico feminino com a mente e emoções. Ancoramento das forças instintivas
do feminino. Ajuda no resgate do útero como um órgão de percepção de si mesma,
e centro do poder pessoal da mulher.
HIBISCO ROSA ( Hibiscus rosa-sinensis) - flor rosa
Trazendo de volta o sentido do sagrado, a sacralidade da sexualidade
feminina. Integração da sexualidade e espiritualidade no coração. Traz a
aceitação da sensualidade como parte integrante da experiência do espírito na
matéria, e a pureza como força motriz do amor. Re-sincroniza a sexualidade
feminina e masculina com a Lei Maior.
DALIA
RUBRA Flor gigante, vermelho
forte, quase negro
A Dália Rubra mobiliza a receptividade feminina na vivência das
situações de enamoramento, no permitir-se ser cortejada, e na vivência sexual.
Favorece a receptividade para o amor sensual, para o galanteio. A habilidade de
amar em uma freqüência de receptividade feminina, necessária para favorecer à
expressão plena do masculino. Restaura a habilidade feminina de receber,
acolher e usufruir da iniciativa masculina na vivência do galanteio, paquera
e/ou sexualidade. Ajuda a restaurar o recato, a receptividade e a sensualidade
intrínsecos ao feminino, em mulheres excessivamente ativas, que inibem a
expressão da masculinidade de seus companheiros. Mobiliza o arquétipo da Dama
de Copas.
Os florais também
auxiliaram.
Umas semanas
depois e já me sentindo completamente diferente um amigo querido manda por
e-mail três livros.
- A CIRANDA DAS MULHERES
SÁBIAS
Ser jovem enquanto velha,
velha enquanto jovem
Autora: Clarissa Pinkola Estes
- MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS
Mitos e histórias do
arquétipo da mulher selvagem
Mesma autora do anterior
- A DANÇA
De : Oriah Mountain Dreamer
Todos os livros ligados
diretamente ao sagrado feminino, ainda não comecei a lê-los.
Um dia ao descer
do ônibus, que para um ponto o frente devido algumas reformas na avenida.
Decidi naquela noite, andar lentamente pelo
jardim da praia, coisas que há semanas não fazia, pois encurtava o caminho para
chegar logo em casa. Neste
dia, andei observando cada coisa, plantas e pessoas, ao mesmo tempo em que me
sentia.
Senti as plantas
vivas, com uma consciência que nunca houvera percebido, sentia gratidão, imensidão,
tudo fazendo parte de tudo integrado.
Um estado de graça.
Desde este dia,
verdadeiramente me sinto diferente , quando não estou em estado de gratidão,
relembro este dia, e retorno àquela impressão do todo integrado e tudo volta a
se equilibrar, dentro e fora de mim.
Sinto que este
elo foi definitivamente encontrado dentro de mim. Ao fazer um teste com a Dalila Lubiano, no
7°Seminário, meu teste mostrou uma diferença de
dois pontos, entre a energia feminina e masculina em mim o que comprovou
que já havia percebido. Agora estou na pratica de meditação
proposta do 7° seminário, e o caderno dos sonhos que finalmente comecei.
Também estou fazendo
aulas de pintura com outra amiga querida, onde estou conhecendo muitas técnicas
para posteriormente pintar minhas mandalas ou pintar o que sentir.
E assim, nesta grande cocha de retalhos, vou
me redescobrindo, recriando e reinventando.
Trabalho transdisciplinar Ivone Gonçalves
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